domingo, 2 de setembro de 2012

Projeto que cria as lojas francas é fundamental para o futuro das comunidades de fronteira



“É preciso manter a pressão e a mobilização. Somente a união de todos os segmentos poderá resgatar o orgulho e assegurar um futuro melhor para os municípios de fronteira historicamente castigados”. A afirmação é do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Free Shops em Cidades Gêmeas de Fronteira, deputado Frederico Antunes (PP) diante do adiamento da votação do projeto de lei (PL) que autoriza a instalação de lojas francas em cidades de fronteira de autoria do presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT-RS). A matéria deveria ser votada na última terça-feira (28/8) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas acabou retirada da pauta por pressão dos integrantes da base do Governo Federal. A votação é de caráter terminativo, ou seja, a matéria, se aprovada, não necessita ser enviada ao plenário para apreciação.
Frederico Antunes e a relatora do PL, senadora Ana Amélia (PP/RS), acreditam que a reação dos Senadores de Estados que fazem fronteira com outros países determinará a lotação da CAE. “Lideranças municipais estarão presentes, além de parlamentares que têm perfeita consciência do momento decisivo que vivemos”, acrescentou. Ana Amélia anunvciou que, por determinação do presidente da CAE, Senador Delcídio Amaral, projeto será apreciado no esforço concentrado da segunda semana de setembro, embora a Receita Federal mantenha posição contrária ao projeto. Os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS), Delcídio Amaral (PT-MS), Tomaz Correio (PMDB-RO), Roberto Requião (PMDB-PR) e Cassildo Maldaner (PMDB-SC) prometeram lotar a CAE com lideranças dos seus Estados dia 11 de setembro, data da votação durante o esforço concentrado da segunda semana de setembro.
A Secretaria da Receita Federal é contra o projeto. Em nota técnica encaminhada a alguns senadores, o órgão afirma que a proposta tem "potencial extremamente lesivo ao controle aduaneiro e ao erário nacional e dos Estados e municípios" e considera inviável a implementação dos dispositivos propostos.
O deputado progressista ressalta a diferença da realidade entre os municípios de fronteira do lado brasileiro em comparação aos vizinhos da Argentina e Uruguai, em relação à realidade do Rio Grande do Sul. “Do lado de cá se vê lojas fechando, a economia encolhendo as dificuldades econômicas e sociais cada vez maiores. Junto aos hermanos se vislumbra prosperidade através da abertura de complexos comerciais e de uma economia em constante crescimento. Nós precisamos agir, sob pena de extinção das nossas comunidades fronteiriças”, adverte o parlamentar progressista. No Rio Grande do Sul o projeto que prevê a criação das lojas francas beneficiaria 11 municípios de fronteira.

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